Apesar do possível impacto inicial, a implementação das IFRS (Normas Internacionais de
Contabilidade) contribuirá de forma positiva ao desenvolvimento do empresariado brasileiro

Ao passo que transações comerciais seguem ultrapassando fronteiras, nada mais natural que
empresas necessitem adequar cada vez mais suas bases operacionais, afim de promover uma
execução mais prática e eficaz de suas atividades, independentemente de sua localização no
mapa.

Para tal, equiparar suas normas contábeis com as já praticadas ao redor do mundo, ou
implementá-las ao mesmo tempo em que outros países o fazem, só valorizaria e qualificaria
ainda mais a contabilidade brasileira. Por este motivo, após reconhecer que tais normas já
tenham sido validadas pelo IASB (International Accounting Standards Board – Conselho de
Normas Internacionais de Contabilidade), o Brasil não só aprovou o processo de implementação
das IFRS (International Financial Reporting Standards) no país, como trabalhou de acordo com
nossos interesses na análise e adaptação de cada uma delas, para posteriormente aplicá-las em
território nacional.

Este processo foi realizado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que acaba sendo o
responsável pela tradução, análise e publicação das orientações e interpretações das novas
normas, e as apresenta habitualmente como Pronunciamentos Técnicos, também chamadas de
CPCs. O processo inclusive foi dividido e implementado em dois momentos, tendo como
principal objetivo diminuir o impacto que a harmonização entre os atributos das leis societárias
nacionais e as normas internacionais poderiam causar as empresas que não teriam tempo
necessário para tais adequações.

Porém, imagino que para cumprir com o intuito de amoldar as normas brasileiras de
contabilidade aos níveis internacionais e atender a indigência cada vez maior de unificação na
apresentação das informações contábeis, é imprescindível que as organizações competentes
sejam de fato, cada vez mais céleres no processo de ajustamento a este novo e promissor
panorama.

Entendido isto, podemos afirmar que as sequentes mudanças, induzirão os profissionais
contábeis a buscar uma maior e mais constante capacitação profissional, e que esta busca
acabará desencadeando um crescimento econômico natural, ao ponto que o desenvolvimento
contábil possibilitará a entrada de novos investidores ao mercado, a captação de recursos
internacionais e consequentemente a abertura de novos mercados. Ou seja, quanto mais
globalizada estiver a economia, mais desenvolvida e unificada deverá ser a área contábil.

Pensando nisso, o Brasil desde 2007 acena de forma positiva a ideia de adequar suas normas aos
padrões internacionais, e iniciou este processo ao criar a Lei 11.638/07 e em seguida a Lei
11.941/09, dando destaque ao modelo internacional da lei societária.

Desta forma, as metodologias e enfoques dos profissionais da área contábil deverá ser cada vez
mais global, e assim extinguir a necessidade de conversões mirabolantes das normas brasileiras
para os padrões internacionais e vice-versa.